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HISTÓRICO

Paulo Freire, pela relevância de sua obra, foi declarado Patrono da Educação Brasileira pela Lei Nº 12.612, de 13 de abril de 2012. Mesmo reconhecido internacionalmente, ainda são incipientes as discussões sobre a pedagogia freireana em nosso país. Nosso mais ilustre educador com suas importantes contribuições para uma educação mais crítica, democrática e humana nos ajuda a pensar e entender o modelo educacional presente. Em seu texto Pedagogia da Autonomia, nos diz que:

 

Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem ‘tratar’ sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência, ou teologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar não é possível.

 

A importância das reflexões freireanas para o pensamento educacional levou o SINTE/RN a promover o I Seminário Internacional Diálogos com Paulo Freire, em 2013, em que foi revisitada a experiência de Angicos, sob o tema Angicos – 50 anos depois: reflexões e contribuições à prática pedagógica. Em 2014, a temática se deu a partir das Cartas a quem ousa ensinar, sob o tema Ensinar, aprender: leitura do mundo, leitura da palavra. Em 2015, no III Seminário nos debruçamos sobre o tema O pensamento político-pedagógico de Paulo Freire: diálogos com a Educação no século XXI. 2015 – 50 anos de Educação Popular no Brasil. Para o IV Seminário, que acontecerá em Natal, de 30/08 a 01/09/2017, debateremos sobre Políticas Públicas, Escola e Estratégias de Intervenção Social: Construção de Possibilidades.

Neste seminário colocamos no centro da discussão a situação político-econômico-social que vivemos, abrindo o diálogo sobre o porquê, o para quê e o para quem estão sendo promovidas reformas educacionais, sobre o papel dos movimentos sociais e institucionais, o que cabe a cada um de nós discutir, fazer, pensar.  Como nos disse Paulo Freire, “há momentos em que é preciso entender a cidade e compreender “por que” as coisas chegaram a ser assim como estão. É preciso pessoas mergulhadas na transformação e enfrentamento, é preciso pessoas que leiam a história e a formação dos bairros, das cidades e de suas ciências”. (Que fazer. Teoria e prática em educação popular)

A reflexão sobre os processos educacionais está no cerne de novas possibilidades, de se manter a qualidade da escola, com produção de crítica e saberes que saiam das pesquisas e dialoguem com os demais saberes da sociedade. Apostamos na cultura popular, nos movimentos emancipatórios, no sonho, no desejo.

Não há ciência-educação, sem consciência, sem reflexão. Não há saber sem refazer, sem desfazer, saber é lugar de reinventar e assim, “o tempo histórico sendo feito por nós e refazendo-nos enquanto fazedores dele. Daí que a educação popular, praticando-se num tempoespaço de possibilidade, por sujeitos conscientes ou virando conscientes disto, não possa prescindir do sonho.” (FREIRE, Paulo. Educação de Adultos hoje. Algumas reflexões. In: Política e Educação)

O evento acontecerá com o apoio de IFRN, UFRN e UFERSA Angicos. Assim como nos I, III e III Seminários, no sábado, dia 02 de setembro, iremos a Angicos para um encontro na UFERSA, com ex-alunas e ex-alunos de Paulo Freire, de 1963 (cerca de 16 que estão vivas/os), onde haverá também uma mesa de diálogos.

Em agosto, esperamos você no Rio Grande para Paulofreirear conosco.

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